
Aos 38 anos, Luciano Huck é um dos profissionais de televisão mais bem-sucedidos do país. Nesta entrevista a VEJA.com, ele comenta o primeiro milhão (de seguidores), e diz que a maioria das celebridades ainda não sabe lidar diretamente com o público.
Quem lhe apresentou o Twitter?
Antes do início da nossa conversa, quero dizer que nunca fui adepto das redes sociais. Não tenho cadastro no Orkut nem no Facebook. Sempre usei a internet como ferramenta de pesquisa. Mas meu ingresso no Twitter foi até engraçado.
Uma pessoa criou um perfil falso em meu nome, fiquei irritado porque os seguidores começavam a acreditar nas mensagens produzidas. Busquei o suporte do Twitter, expliquei a situação e, em apenas um dia, o perfil foi bloqueado. Achei isso incrível. Essa seriedade me motivou a usar o serviço. Quem me incentivou a mexer com maior freqüência foi o Tabet (@kibeloco), que trabalha comigo na Globo.
O que o fascina no Twitter?
Senão me engano, a plataforma tem um perfil mais adulto se comparada com outras redes como Orkut e Facebook. Vejo o Twitter como uma forma autêntica de confirmar ou desmentir um fato. É uma boa maneira de sintetizar meus pensamentos.
Você se considera um viciado?
Não. Quem trabalha com comunicação tem obrigação de acompanhar a evolução de serviços e produtos. Como ninguém conhece o futuro, é justo trilhar esse caminho e ver o que é certo ou errado.
A norma imposta pela Rede Globo para o uso das redes sociais por seus funcionários vai prejudicar sua interação com seus seguidores?
De forma alguma. Como funcionário da TV Globo, a premissa é o bom senso. Você não pode divulgar fotos do final da novela antes da exibição do último capítulo. Cada rede social tem de ser usada com critério.
Você acredita que pessoas famosas estejam preparadas para lidar diretamente com o público, principalmente no Twitter?
A grande maioria não está. Como em qualquer relação, casamento, namoro, relação com a imprensa ou com o público no Twitter, você tem de saber quais são os limites e os códigos. Logo, você vê casos de artistas ou celebridades que não sabem conversar com seus fãs.
Você condena a atitude da Xuxa, por exemplo, ao tentar discutir com o público pela web?
É uma atitude legítima, só que, nesse tipo de exposição, você deve pensar duas vezes. Toda ação tem uma reação.
Você tem alguma preocupação com o crescimento dos seus filhos e o uso dos computadores?
É um problema de qualquer família. O computador deve estar em um lugar de passagem na casa. Nunca no quarto dos filhos. É uma ferramenta importante, será usada cada vez mais, mas deve ficar onde há circulação de pais e filhos.
A Angélica é muito inteligente. Criamos uma diversão na web, porém estabelecemos um limite para produzir conteúdo.
Seu perfil cresceu de forma vertiginosa no Twitter. Você usa ou já usou algum artifício que aumenta sua popularidade?
Cara, eu não sei. Eu nunca fiz nada. Até alcançar 100 000 seguidores, sorteava produtos. Depois, nada mais.
Mas mais de 100 000 de seus seguidores estão na Groenlândia, Equador e Chile. Sabe o motivo?
Não faço idéia como isso funciona. Você até pode me explicar isso, se quiser.
Existe uma métrica não-oficial que mapeia todos os seus seguidores. Quando você busca por @huckluciano, tem a possibilidade de visualizar em quais países eles estão. Muitos dos seus estão em lugares como Groenlândia e Equador.
O que eu posso dizer é que o Twitter é uma ferramenta extremamente poderosa. Temos que pensar nos brasileiros que moram no exterior, possuem perfis no Twitter e acompanham a Globo Internacional. Mas não sabia que tinha tanto fã assim na Groenlândia.
Depois de conquistar um milhão de seguidores, tem novos objetivos no Twitter? Alguma pretensão de passar Ashton Kutcher?
(Risos). O Ashton tem mais de três milhões de seguidores, mas já estou entre os 150 mais seguidos no mundo todo. Acho isso bacana. O contador do Twitter não para no 999, como no Orkut. É uma boa ideia viu. Vamos ver.
fonte:Veja
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