E assume que, além de ser muito amigo da cantora, quer aproveitar mesmo o seu toque feminino. "A gente já estava sentindo falta de ter uma mulher no grupo. Primeiro foi o Tony Bellotto, depois o Gabriel, o Pensador, chega de ter só homem na bancada", brinca.
O sucesso do quadro já chegou ao exterior. A Globo agora oferece o formato em feiras internacionais e, em breve, algum país deve exibir sua versão. "A receptividade está incrível", garante o apresentador, mesmo sem citar negociações confirmadas.
O Soletrando deste ano estreou recentemente. Fora ele, o que o Caldeirão traz para a temporada de 2009, que começa em abril?
O que posso adiantar é que teremos um quadro novo, o Baba Boom. É um jogo divertido, de palco. E vamos voltar com os antigos, como o Lar Doce Lar e o Lata Velha. O Soletrando, na verdade, já serve para esquentar essa nova temporada que está por vir. Ainda mais que esse ano a gente conseguiu a participação da Sandy. Além disso, as novas regras da Reforma Ortográfica devem dificultar um pouco a disputa.
Por que a Sandy?
Sempre digo que a gente não pretende apresentar um quadro didático ou educacional com o Soletrando. Lógico que nossa principal protagonista é sempre a Língua Portuguesa, mas é um formato de televisão aberta criado para divertir o público. Eu apresento, o professor Sérgio Nogueira traz o embasamento teórico e, além disso, tem um lado "pop" também. É importante mostrar que o Português não é um assunto carrancudo, chato. É legal o telespectador perceber que a Língua é peça fundamental da maior parte das manifestações artísticas. A Sandy representa tudo isso e ainda é formada em Letras. E também é mulher. A gente queria dar esse toque mais feminino. E funcionou. Tanto que o meu uniforme e o do professor foram feitos na Globo. O dela veio de casa. E assim que ela viu que teria de tocar uma sineta, soltou: "Ainda bem que fiz as unhas". É um charme a mais.
Algumas pessoas estranharam dois alunos que já competiram terem voltado nessa edição. Sempre foi permitido?
Não existe nada no regulamento que impeça esse retorno. A Auricélia e a Camila participaram das seletivas novamente, foram as vencedoras e, portanto, mereceram as vagas. Acho isso maneiro. Os nossos limites são de idade, entre 11 e 16, e de escolaridade, até o 9º ano do Ensino Fundamental. Fora isso, sem problemas. Teve um menino de 11 anos que passou. Ele pode voltar em todos até sair dessa faixa estipulada pela nossa equipe.
O nível de dificuldade do quadro aumentou muito desde a primeira edição. Como vocês escolhem as palavras?
O professor Sérgio faz essa seleção. Mas tem de ser assim mesmo. Na primeira edição, os alunos que assistiam de casa começaram a pegar o jeito e já na segunda veio um grupo muito preparado. Só para se ter uma idéia, houve um caso em que uma dupla disputou até a 22ª rodada. Mas no ar deu a impressão que ele perdeu na sexta. A cada ano temos de aumentar esse nível mesmo. E sempre tentamos ser justos.
Você foi muito criticado no ano passado por ter errado a pronúncia da palavra "infra-hepático" na final do Soletrando. Chegou a ouvir broncas nas ruas?
Não, só dos jornalistas mesmo. Não conheço todas as palavras da Língua Portuguesa e não tenho a obrigação de conhecer. Mas esse ano a gente não vai dar margem para que essa desconfiança aconteça de novo. Já combinei com o professor e ele vai me corrigir caso haja qualquer equívoco antes do aluno soletrar. E, no ano passado, apesar de terem criticado, a pronúncia foi corrigida antes da soletração também.
fonte:Terra
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