O apresentador mostra a intimidade de seu dia a dia no Caldeirão do Huck
Luciano Huck, 38 anos, não abre mão de levar os filhos à escola e nadar, antes de ir para o trabalho. Às 10h, põe sandálias, jeans e camiseta. Nesse dia, foi ao aeroporto e embarcou em seu helicóptero para uma gravação externa. Foi recebido com informalidade, deu ''ois'' e beijinhos. O ''chefe'' é visivelmente querido, temos de admitir. Muitos ali até viraram amigos pessoais, como o diretor-geral do Caldeirão do Huck, Rodrigo Cebrian, 37, o Palito, com quem forma uma dupla dinâmica de criação há oito anos. Com fome, pede um pão com queijo na chapa. Pega o secador e arrepia o cabelo em 30 segundos. Pinga colírio nos olhos. Não perde tempo com papos-furados, mas conta que, no dia anterior, Angélica, 36, trancou os filhos, Joaquim, 5, e Benício, 2, no carro com a chave dentro. Ele passa a pauta do dia com a produção, ''obedece'' o que lhe mandam fazer e começa a gravar. É emocionante, as pessoas choram - Huck não. Já na Globo, fala ao celular com Angélica, no estúdio ao lado, e recebe a visita dos meninos no camarim, com quem volta para casa. Twitta, brinca com as crianças e as coloca para dormir.
Isso pelo menos quando está no Rio, sua ''casa'' há dez anos, desde que veio para a Globo. ''Hoje sou uma mistura de paulista com carioca. Até perdi um pouco o sotaque'', diz, transformando para sempre em pronome possessivo o substantivo ''cara'', no lugar do típico ''meu'' paulistano. É a primeira vez que o apresentador deixou uma equipe da imprensa acompanhar e registrar sua intimidade nos bastidores de seu programa. Foram cinco dias completamente diferentes, com direito a show, salto de paraquedas, gravação do quadro Lar Doce Lar, reunião de pauta, gravação no estúdio; e bate-papo regado a Coca-Cola Zero.
Totalmente em casa
Não é clichê dizer que o apresentador se sente ''em casa'' no trabalho. Angélica ali pertinho, fotos dela e dos filhos espalhadas em seu escritório e na sala do Caldeirão, a TV ligada no Video Game. Vira e mexe, ele dá uma olhada na mulher na telinha enquanto comanda a reunião com a equipe. ''Não consigo separar o que é trabalho e o que é lazer, é tudo misturado, tudo embolado. A gente leva bastante trabalho para casa'', admite ele, que, de vez em quando, também faz o trabalho inverso, levando a casa ao trabalho. ''Meus filhos podem ser médicos, engenheiros, vão ser o que quiserem, mas nasceram num estúdio de TV. Desde que tinham meses vinham aqui, vêm direto. E curtem muito. Joaquim já assiste ao Caldeirão comigo em casa e entende. Ele é pequeno, mas do jeito dele, participa'', contou Huck, todo orgulhoso, e dizendo que pensa, sim, em aumentar a família. ''Vamos ter três filhos. Quando Angélica quiser, vem, estou sempre alerta. Sou completamente apaixonado, lógico. Ela é talentosa, engraçada, bonita. Dei sorte.''
Os filhos no trabalho
Naquela sexta-feira, ele recebeu a visita dos filhos num intervalo de gravação, ainda no palco. Após eles darem um ''oi'' para a plateia, em cena que não vai ao ar, foram para o camarim do papai, comeram pipoca, pão de queijo e brincaram com os ''tios'' Kibe Loco (o publicitário Antonio Tabet, 35) e Palito. ''Eles conhecem todo mundo. É tudo embolado mesmo. Há pouco tempo fui a Miami gravar e eles foram lá me encontrar depois. Ficamos uns dias de férias. Não dá para priorizar só o trabalho ou só a família, senão você vai fazer um dos dois mal.''
Equipe unida
Voltando à reunião de pauta. O diretor-geral veste camisa do Flamengo (e Huck é corintiano!). O apresentador coloca os pés na mesa. Gente jovem, por volta dos 30 anos. Risos, piadas, Huck faz ''xiii'', a reunião começa. Ele cobra detalhes, fica bravo se algo combinado foi mudado. Todo mundo ali tem voz ativa. ''Não sou chefe, sou o cara que entra com o corpinho. A gente tenta horizontalizar ao máximo. O processo todo anda superbem sem mim, a equipe é supercompetente'', elogia. Mas não pense que Huck é um chefe ''bonzinho''. Ele é superexigente. ''Deus está nos detalhes'', repete. E se alguém atrapalha ou erra, ele chama logo atenção. Como na reunião, quando começaram a cochichar atrás dele. ''Lógico que tem esporro, mas não é um exercício gratuito de poder'', diz Huck. Ele gosta de montar equipe, de ter seu time e Palito é o maior orgulho, pois começou como redator na Globo, ou Luizinho Castilho, outro diretor, a Bianca Lopes, redatora final, que era estagiária, e o Zé Silveira, seu câmera há 15 anos. ''Todo mundo que está aqui hoje vem fazendo carreira. E são meus amigos, frequentam minha casa. Tenho os que não são famosos, e hoje ainda tenho os pais dos amiguinhos das crianças'', conta.
Inseguro? Só no início
Na hora de gravar, Huck fica à vontade, não precisa repetir nada. O programa podia ser ao vivo, no estúdio ou na rua. ''Quando entrei aqui, o Érico Magalhães (diretor de RH da Globo) me disse que as coisas seriam lentas e graduais, e estão sendo. No começo de carreira você tem uma série de inseguranças, não sabe se vai dar certo, se vai ser aceito, se tem talento. Quando você chega, não sabe se é uma vitamina ou um vírus. Acho que hoje, com dez anos de Globo e 15 de carreira, tenho mais segurança do que posso e sei fazer, sei que espaço ocupo. Foram dez anos muito intensos e acho que melhorei como ser humano. Sou mais feliz, mais calmo, menos ansioso, mais seletivo. Acho que é como sexo, você vai melhorando com o tempo (risos). Vai conhecendo melhor o seu parceiro, que no caso é o telespectador... Então acho que o que faço hoje é melhor do que fazia há dez anos. Mas ainda não sei o quero ser quando crescer (risos). O que sei é que vou deixar um rastro importante, não para a história da TV, mas para a história das pessoas. Não ligo para as críticas, sei que não sou assistencialista. Quero fazer o bem, estou me lixando'', diz.
O cachê decolou
Huck abriu mão dos negócios para se dedicar somente à TV. Hoje só é sócio do Hotel Fasano Rio e da Yoggi. ''Vendi tudo para me dedicar à TV Globo. Não é questão de tempo, é questão de foco'', conta ele, que se diz feliz e bem remunerado.
''Eu busco a felicidade e sou feliz, lógico, não posso não ser. A sorte é diretamente proporcional ao volume de trabalho'', descreve. Quanto aos bens, é modesto. Tem um carro, Angélica outro, uma casa de praia em Angra dos Reis, está reformando uma casa nova e tem um helicóptero. ''Faço isso quase todo dia, adoro voar, é uma terapia. Não é luxo, ganho tempo. Quero e preciso estar no Brasil inteiro para fazer um programa de qualidade e, se for depender dos aeroportos, estou perdido'', justificou.
''Não sou perdulário. Tudo o que tenho é para conforto da minha família. Você nunca vai me ver numa boate abrindo uma champanhe de 50 mil dólares, como tem um monte de Mané que faz. Eu quero fazer uma casa, trocar de carro, viajar, só isso. Não tenho grandes ambições de ter muito dinheiro, esse poder não me interessa'', conclui.
fonte:Contigo!
agradecimento:Jaque
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Um comentário:
Olá!
Fecha parceria???
http://www.blogdajubaroni.blogspot.com
Abraços!
André Esteves,
Blog da Ju Baroni
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