iG Gente foi ao Projac acompanhar as gravações do programa de Luciano Huck e também conversou com o apresentador - um dos mais poderosos da Globo - sobre negócios, uma parceria com Madonna, política, o casamento com Angélica e seus sonhos de consumo
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Influente, político, workaholic e extremamente focado. Não à toa, Luciano Huck tem um dos maiores salários da Globo – chega a faturar até R$ 1,2 milhão por mês com salário e merchandising - e é o queridinho do mercado publicitário: atualmente está entre os três nomes de maior credibilidade, segundo pesquisa do setor. O apresentador, no entanto, tenta sempre manter os pés no chão. "Tenho de tomar muito cuidado para não me achar o Super-Homem, que pode resolver o problema de todo mundo".
O sucesso de Huck, que diz trabalhar 24 horas por dia, transborda também para a vida pessoal. Casado com Angélica há seis anos e pai de dois meninos, ele encontra tempo na agenda lotada – "até o dia 22 de dezembro não tenho nenhum dia livre" – para cumprir uma prazerosa rotina diária: acordar cedo e levar os filhos Joaquim, de cinco anos, e Benício, de três, à escola por volta das 8h da manhã. Outro hábito sagrado do apresentador é, ainda pela manhã, a prática de esporte, como nado ou caminhada. A partir daí o dia do 'profissional de televisão", como ele se define, pode estar em aberto: vale tudo.
Apenas duas vezes por mês, Huck trabalha no Projac, o complexo de estúdios da TV Globo, na Zona Oeste do Rio. Em cada um dos dias, faz dois programas inteiros, que são transmitidos sempre aos sábados à tarde. As demais gravações em que ele precisa estar presente são feitas fora dos estúdios e ocupam todo o seu tempo durante a semana.
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A carga emocional dessas externas é enorme, pois é durante elas que são produzidos os quadros “Lar doce lar” e “Lata Velha”, que ajudam a vida de pessoas de origem em geral bastante humilde. A preparação que antecede as gravações do "Caldeirão" é meticulosa. Huck se reúne com a equipe de produção para discutir a pauta e costuma ser bem exigente.
O apresentador confessa que não consegue separar o que é trabalho e o que é lazer: “É tudo embolado”, diz. Prova disso é seu camarim: composto por duas salas, na primeira – onde são realizadas as reuniões do “Caldeirão do Huck” -, há fotos da mulher, Angélica, e dos filhos espalhadas. O catering é apetitoso e inclui quitutes como cachorro quente, quiches, sanduíches e doces, sucos, entre outros. No canto, um computador onde o apresentador checa o twitter, após finalizar uma gravação. Na outra dependência, há uma cadeira para uma eventual maquiagem – o apresentador só passa um pó para tirar a oleosidade da pele - e um tapete onde são dispostas diversas opções de figurino. Camisas sociais, pólos, calças jeans e em tons pastel ocupam o chão do escritório.
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Enquanto Luciano se arruma e acerta os últimos detalhes, o coreógrafo Fly anima a platéia no Estudio E, que comporta 400 pessoas. Por volta das 14h, o apresentador entra para a gravação do primeiro programa do dia. Gravação encerrada e a primeira parte do dia também. Agora, o processo se repete para a gravação do segundo programa do dia: reunião de pauta, troca de figurinos etc.
Confira abaixo a entrevista completa com Luciano Huck, feita entre as gravações dos dois programas:
iG: O “Caldeirão do Huck” tem diversos quadros com caráter social. Como se sente podendo contribuir para melhorar a vida de alguém?
Luciano Huck: É prazeroso e, muitas vezes, se transforma no assunto dos jantares em casa. Tem de tomar muito cuidado para eu não me achar o Super-Homem, que pode resolver o problema de todo mundo. Escolhemos poucas e boas histórias. É muito bom poder fazer um programa de TV bacana, que as pessoas curtam assistir, e que eu consiga deixar um legado na vida desses personagens. Tenho certeza que elas vão sempre se lembrar disso e vão ter uma vida melhor. É isso o que importa.
Luciano Huck: É prazeroso e, muitas vezes, se transforma no assunto dos jantares em casa. Tem de tomar muito cuidado para eu não me achar o Super-Homem, que pode resolver o problema de todo mundo. Escolhemos poucas e boas histórias. É muito bom poder fazer um programa de TV bacana, que as pessoas curtam assistir, e que eu consiga deixar um legado na vida desses personagens. Tenho certeza que elas vão sempre se lembrar disso e vão ter uma vida melhor. É isso o que importa.
iG: Esses quadros geralmente emocionam muito. Como você vai para casa depois de gravar uma história dessas?Luciano Huck: Tem histórias que ficam meses ou anos na cabeça. Tem algumas que a gente acompanha... A Angélica diz que não conseguiria fazer algo desse tipo porque ela se debulharia em lágrimas, em todos os programas. Eu consigo fazer porque me envolvo de uma maneira diferente, como uma forma de aprendizado. Acho que estou tentando ser um ser humano melhor vendo essa diversidade toda de perto.
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Luciano Huck realiza o quadro "Lar Doce Lar" na comunidade Santa Marta no Rio de Janeiro
iG: Tem algum caso que te marcou mais?
Luciano Huck: É difícil e injusto elencar qual é o que mais me tocou. Acho que criei uma colcha de retalhos. Cada vida que a gente cruza te traz uma visão ou pensamento novo. O mais rico para mim é ver como as pessoas estão morando, quais são suas vontades de fato. Perceber que o nosso problema é menos que uma unha encravada perto da vida daquelas pessoas.
Luciano Huck: É difícil e injusto elencar qual é o que mais me tocou. Acho que criei uma colcha de retalhos. Cada vida que a gente cruza te traz uma visão ou pensamento novo. O mais rico para mim é ver como as pessoas estão morando, quais são suas vontades de fato. Perceber que o nosso problema é menos que uma unha encravada perto da vida daquelas pessoas.
iG: Em 10 anos de programa, você teve oportunidades de fazer matérias com personagens ilustres e em lugares inusitados. Tem vontade de fazer reportagem com alguém que ainda não fez?
Luciano Huck: Iiiih...tem muita gente e uma lista grande. Queria poder entrevistar a Madonna, a Lady Gaga, o Steve Jobs e o Lula. Quem sabe um dia?
Luciano Huck: Iiiih...tem muita gente e uma lista grande. Queria poder entrevistar a Madonna, a Lady Gaga, o Steve Jobs e o Lula. Quem sabe um dia?
iG: Em 2009, você foi eleito pela ABP, a Associação Brasileira de Propaganda, o garoto-propaganda do ano. Além disso, você investe em diversos segmentos. Qual é o critério de escolha para os seus investimentos?
Luciano Huck: Eu prefiro ter o dinheiro investido em empresas que gerem empregos, que produzam alguma coisa e que participe desse momento do Brasil. É melhor do que ter dinheiro no banco. Escolho os investimentos pelo meu gosto pessoal e pelas oportunidades. Na verdade, nada me dá trabalho. Invisto em segmentos que tenham gente competente tocando. Meu trabalho está na televisão!
Luciano Huck: Eu prefiro ter o dinheiro investido em empresas que gerem empregos, que produzam alguma coisa e que participe desse momento do Brasil. É melhor do que ter dinheiro no banco. Escolho os investimentos pelo meu gosto pessoal e pelas oportunidades. Na verdade, nada me dá trabalho. Invisto em segmentos que tenham gente competente tocando. Meu trabalho está na televisão!
iG: Você se considera um workaholic?
Luciano Huck: Não consigo separar o que é trabalho e o que é lazer, é tudo embolado. Acho que é porque gosto tanto do que faço... Mas eu trabalho bastante, mais ou menos, 24 horas por dia. Por exemplo, se eu tenho uma ideia no meio da noite, eu levanto e anoto. A gente sempre acaba levando trabalho para casa.
Luciano Huck: Não consigo separar o que é trabalho e o que é lazer, é tudo embolado. Acho que é porque gosto tanto do que faço... Mas eu trabalho bastante, mais ou menos, 24 horas por dia. Por exemplo, se eu tenho uma ideia no meio da noite, eu levanto e anoto. A gente sempre acaba levando trabalho para casa.
iG: Mesmo assim, você já disse que não se considera um homem de negócios. Por quê?
Luciano Huck: Eu sou um profissional da televisão. Isso aqui leva muito tempo e concentração. Eu brinco dizendo que fazemos televisão de alta performance. Em uma corrida de 100 metros rasos, se você pensar em qualquer outra coisa, perde três décimos e vai de primeiro a oitavo lugar em um minuto. É importante focar nos detalhes e não se desconcentrar do objetivo.
Luciano Huck: Eu sou um profissional da televisão. Isso aqui leva muito tempo e concentração. Eu brinco dizendo que fazemos televisão de alta performance. Em uma corrida de 100 metros rasos, se você pensar em qualquer outra coisa, perde três décimos e vai de primeiro a oitavo lugar em um minuto. É importante focar nos detalhes e não se desconcentrar do objetivo.
iG: Você ainda tem algum sonho de consumo?
Luciano Huck: Acho que meus grandes desejos de consumo são viagens, são lugares do mundo que eu não conheço e que gostaria de conhecer. Por exemplo, eu gostaria de ir para a China com a Angélica, mas as crianças ainda são muito pequenas. Não tenho vontade de comprar uma casa no exterior porque te obriga a ir a um lugar só e eu quero viajar muito ainda.
Luciano Huck: Acho que meus grandes desejos de consumo são viagens, são lugares do mundo que eu não conheço e que gostaria de conhecer. Por exemplo, eu gostaria de ir para a China com a Angélica, mas as crianças ainda são muito pequenas. Não tenho vontade de comprar uma casa no exterior porque te obriga a ir a um lugar só e eu quero viajar muito ainda.
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iG: Como arruma tempo de fazer tanta coisa e como concilia o trabalho com a família?
Luciano Huck: Depende muito. Até o dia 22 de dezembro eu não tenho nenhum dia livre. Fora os fins de semana, que eu procuro não trabalhar para passar com a minha família. Mas não abro mão de levar as crianças na escola e de praticar um esporte, antes de vir para o Projac.
Luciano Huck: Depende muito. Até o dia 22 de dezembro eu não tenho nenhum dia livre. Fora os fins de semana, que eu procuro não trabalhar para passar com a minha família. Mas não abro mão de levar as crianças na escola e de praticar um esporte, antes de vir para o Projac.
iG: Você protagonizou, ao lado de Angélica, o episódio “A Traída da Barra”, que vai ao ar em dezembro dentro da série “As Cariocas”, e ela disse à imprensa que nunca perdoaria uma traição sua. E você? Deixaria passar uma situação dessas pelo casamento?
Luciano Huck: É o que ela diz, né? Espero não apanhar nunca (risos). Na verdade, não gostaria nem de pensar nessa situação inversa.
Luciano Huck: É o que ela diz, né? Espero não apanhar nunca (risos). Na verdade, não gostaria nem de pensar nessa situação inversa.
iG: Tem vontade de atuar mais?
Luciano Huck: Não. Tem que se esperar muito para ver o resultado. É gostoso de ver pronto (risos). Mas na verdade, comandar um programa semanal de duas horas exige muita concentração e tempo. Não dá para ficar dispersando energia em outros projetos.
Luciano Huck: Não. Tem que se esperar muito para ver o resultado. É gostoso de ver pronto (risos). Mas na verdade, comandar um programa semanal de duas horas exige muita concentração e tempo. Não dá para ficar dispersando energia em outros projetos.
iG: Você co-produziu o filme “Casa de Areia”, de Andrucha Waddington, e “Era uma vez”, de Breno Silveira. Com a boa fase do cinema nacional, você pretende investir mais em cinema?
Luciano Huck: Tem o roteiro de “Galo de Briga”, que fiz com o Tony Belloto, que está escrito e guardado na gaveta. Não sei quando vamos voltar com esse projeto. E estou fazendo com meu irmão (Fernando Grostein) um documentário que se chama “Rompendo o Silêncio “, sobre o cotidiano das favelas brasileiras.
Luciano Huck: Tem o roteiro de “Galo de Briga”, que fiz com o Tony Belloto, que está escrito e guardado na gaveta. Não sei quando vamos voltar com esse projeto. E estou fazendo com meu irmão (Fernando Grostein) um documentário que se chama “Rompendo o Silêncio “, sobre o cotidiano das favelas brasileiras.
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iG: É verdade que a Madonna pensou em produzir este documentário com você?
Luciano Huck: Ela pensou, mas não vai. A Madonna não vai participar mais porque ela não vai produzir nada no Brasil.
Luciano Huck: Ela pensou, mas não vai. A Madonna não vai participar mais porque ela não vai produzir nada no Brasil.
iG: Após a gravação do primeiro programa de hoje, você veio direto acessar o twitter. Como é a sua relação com essa ferramenta?
Luciano Huck: O meu twitter bateu há pouco dois milhões e meio de seguidores. Achei muito bacana. Mas a minha relação com ele não é de escravidão. Ele se tornou uma excelente fonte de pesquisa para personagens, histórias, saber o que as pessoas estão achando do programa. É uma ferramenta muito rica. Todo mundo que trabalha aqui tem um vinculo nas redes sociais. É importante termos essa conexão virtual para mapear o que está rolando.
Luciano Huck: O meu twitter bateu há pouco dois milhões e meio de seguidores. Achei muito bacana. Mas a minha relação com ele não é de escravidão. Ele se tornou uma excelente fonte de pesquisa para personagens, histórias, saber o que as pessoas estão achando do programa. É uma ferramenta muito rica. Todo mundo que trabalha aqui tem um vinculo nas redes sociais. É importante termos essa conexão virtual para mapear o que está rolando.
iG: Durante as eleições, você postou comentário a favor do candidato José Serra e recebeu uma série de críticas de petistas, chegando até a tirar o texto do microblog. Você se assustou com essa atitude?
Luciano Huck: Não. Democracia é isso, você pode votar e ter sua opinião. Mas quando alguém está eleito, você respeita a decisão da maioria e torce pelo Brasil. Agora, por exemplo, eu quero que a Dilma Roussef dê certo. Acho que ela foi bem nesses primeiros 10 dias. Acredito também que o Lula vai conduzir de maneira muito hábil a transição. Nunca serei da turma do contra.
Luciano Huck: Não. Democracia é isso, você pode votar e ter sua opinião. Mas quando alguém está eleito, você respeita a decisão da maioria e torce pelo Brasil. Agora, por exemplo, eu quero que a Dilma Roussef dê certo. Acho que ela foi bem nesses primeiros 10 dias. Acredito também que o Lula vai conduzir de maneira muito hábil a transição. Nunca serei da turma do contra.
Reprodução/AgNews |
iG: E em casa, quem é que manda. Você ou Angélica?
Luciano Huck: Temos uma relação absolutamente normal, como os bons casamentos. Não sei te dizer isso, mas sei que tirei a sorte grande por casar com ela.
Luciano Huck: Temos uma relação absolutamente normal, como os bons casamentos. Não sei te dizer isso, mas sei que tirei a sorte grande por casar com ela.
iG: Em recentes entrevistas, Angélica afirmou que vocês estão tentando ter uma menina. Vocês já pensaram em recorrer a algum procedimento médico para garantir isso?
Luciano Huck: Não, não... A gente nem pensou nisso ainda. A gente pretende ter mais um filho, mas ainda estamos pensando. É mais especulação do que fato.
Luciano Huck: Não, não... A gente nem pensou nisso ainda. A gente pretende ter mais um filho, mas ainda estamos pensando. É mais especulação do que fato.
iG: O que vocês querem ensinar para os seus filhos?
Luciano Huck: Quero que eles sejam crianças, depois jovens e adultos felizes. Que eles possam escolher seus próprios caminhos. O que eu puder fazer de educação, informação e viagem, eu vou dar. Estamos criando eles não por nós dois, mas para eles mesmos. Para eles serem felizes e auto-suficientes.
Luciano Huck: Quero que eles sejam crianças, depois jovens e adultos felizes. Que eles possam escolher seus próprios caminhos. O que eu puder fazer de educação, informação e viagem, eu vou dar. Estamos criando eles não por nós dois, mas para eles mesmos. Para eles serem felizes e auto-suficientes.
fonte:IG Gente
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